ENTREVISTA DE PAULO MARACAJÁ

Amigos Tricolores,


O ex-presidente do Bahia, Paulo Virgílio Maracajá Pereira, concedeu agora há pouco, uma entrevista num programa da Rádio Transamérica sob o comando de Márcio Martins e Zé Eduardo. Como não poderia deixar de ser, foi muito interessante e prendeu o ouvinte do começo ao fim. Houve a participação dos torcedores, através de ligações, além dos comentaristas Chico Queiróz, Ivanildo Fontes e Édson Almeida.



Logo de início, o entrevistado foi questionado sobre os torcedores que reclamam das dificuldades para virarem sócios do clube, que usa desculpas esfarrapadas como a falta de fichas de inscrição e impede a participação da torcida. Não houve uma resposta, mas uma fuga, com a alegação de que iria se informar melhor sobre o assunto. Ao ser indagado sobre o número de sócios existentes, respondeu que apenas 400 pagam em dia as mensalidades. O comentarista Chico Queiróz falou do paradoxo de um time que está em dificuldades financeiras ter apenas essa pequena quantidade de sócios.

Quando as perguntas foram abertas para os ouvintes, logo de primeira, entrou no ar um torcedor revoltado, "metendo o pau" em Maracajá, falando que ninguém aguenta mais ele e "sua turma", questionando até a moral dos dirigentes tricolores. Falou também que "qualquer um" se sairia melhor do que a atual direção. As críticas foram tão duras que o entrevistado ficou abalado, lamentando as palavras do torcedor por um bom tempo.

Ao ser questionado sobre o Marketing do clube, o "eterno" tentou convencer os "cobras criadas" da rádio de que o Bahia tem um bom trabalho nessa área, que "JÁ VAI LANÇAR A LOJA FÍSICA vendendo produtos oficiais e que tem diversos contratos de parcerias. Os fatos foram duramente contestados por todos, principalmente pelo repórter Márcio Martins, que disse que não era nem pra ser citada a futura instalação da loja, pois já era pra existir há muito tempo. Ao ser interrompido sob alegação de que já existiu um espaço físico em um shopping, derrubou mais uma vez o argumento com facilidade, dizendo que se já existiu algum, não poderia nunca ter acabado, mas crescido e modernizado.

Não teve um ouvinte sequer que tenha dado apoio ao ex-presidente. Até o polêmico Zoinho, que declara gostar dele, jogou duro e não aceitou seus argumentos. A única pessoa que deu "total" apoio ao ex-deputado foi o comentarista Édson Almeida que teve uma pequena participação no finalzinho do programa.

Paulo Maracajá alega que o clube não tem dinheiro, que está arrecadando pouquíssimo e que está pagando os salários dos jogadores através de empréstimos. Ora, se não tem competência ou credibilidade para arrecadar verbas para sustentar o time, então saiam, ou abram as portas do clube para que a Nação tricolor possa ajudar.

Teve um torcedor que argumentou que poderia se criar uma conta para a torcida depositar dinheiro para ajudar o clube. Zé Eduardo cobrou idéias novas como vender uma camisa dando apoio ao time na Série B, como fez o Corinthians e o Atlético/ MG. Mas, vale lembrar que além da falta de idéias, o que mais dificulta a participação do torcedor é a falta de credibilidade dos atuais dirigentes. Ninguém quer apoiá-los mais, é uma opinião quase unânime.

A única saída para o ESQUADRÃO DE AÇO voltar a crescer é abrir as portas do clube para que a torcida participe, de verdade, das decisões. O Corinthians, ao cair para a Segundona, já fez isso e outros times já estão seguindo o mesmo caminho, é uma tendência no mundo do futebol. Ao se criar a possibilidade de voto para o sócio, a grande maioria da torcida vai querer contribuir, sabendo que tem o poder de decidir quem comandará seu time do coração.